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Um livro e muitas constatações

Depois de longos vergonhosos meses sem me dedicar ao blog cá vai uma entrada.

 

Já queria ter escrito sobre este tema mas depois da notícia da última semana e depois das férias, achei que agora era a altura certa.

 

Em Março comprei o livro “Portugal a Quente e Frio” das autoras Filomena Naves e Teresa Firmino, Publicações Dom Quixote, que li passado pouco tempo. A primeira edição deste livro é de Agosto de 2009. O livro aborda o tema das alterações climáticas em Portugal e vai beber muita informação científica ao projecto SIAM - Climate Change in Portugal: Scenarios, Impacts and Adaptation Measures (Alterações Climáticas em Portugal: Cenários, Impactos e Medidas) – cujos resultados foram publicados em 2002 (SIAM I) e em 2006 saíram novos resultados resultantes de uma segunda fase do projecto (SIAM II).

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As conclusões indicadas no livro, a longo prazo, apontadas para o país são um «(…) maior risco de secas e desertificação do território, com ondas de calor mais frequentes e severas, fenómenos extremos de precipitação concentrados no Inverno, emergência de novas doenças (…), surgimento de novas espécies e desaparecimento de outras.

 

Justamente há alguns dias têm saído notícias que constatam o que está no livro. Fontes credíveis adiantam que o Verão de 2015 poderá ser o mais quente e não me parece que seja pelo facto do Passos Coelho ser o sétimo líder mundial mais sexy. Verdade é que o mês de Junho deste ano foi o mais quente desde 2005. Na mesma página do Público podem encontrar outras informações relativas a eventos meteorológicos extremos (2014 foi o ano mais chuvoso dos últimos 25 e que o último inverno foi o terceiro mais frio desde 2000.). Recuando um pouco atrás no tempo, a Setembro de 2010 havia sido anunciado que aquele foi o segundo verão mais quente desde 1931, com três ondas de calor no país.Ou seja, depois da conclusão do projecto SIAM (2006) e da publicação da primeira edição do li vro que vos falo aqui (2009), vários dos factos relatados relativamente a eventos meteorológicos foram realmente acontecendo.

 

Portugal tem o Plano Nacional para as Alterações Climáticas desde 2006 (revisão feita ao PNAC 2004). No site Cumprir Quioto podem ser vistas as acções definidas no PNAC 2006 mas o site está muito desactualizado. Mas as alterações climáticas não são uma suposição, são uma realidade e para tal é preciso pensar na forma como se vai responder a essas alterações. Em 2010 foi aprovada a Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC). Neste site da APA encontram-se as apresentações feitas em 2013 sobre o progresso do ENAAC.

 

Resta a cada um de nós fazer aquilo que nos compete para reduzirmos as nossas emissões e tentar “atenuar” o que mais por ai há-de vir.

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